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terça-feira, 23 de julho de 2013

"Jesus no Cinema: Um Balanço Histórico e Cinematográfico entre 1905 e 1927".



As várias faces de Jesus no cinema


Por: Rafael Botelho* em 
Poucos na história têm tanta repercussão quanto Jesus de Nazaré. Mais de dois mil anos depois de seu nascimento, milhões de pessoas se reúnem hoje no Brasil, na Jornada Mundial da Juventude, para celebrar uma religiosidade vinculada a seu nome. Para se ter uma ideia, um terço da humanidade se considera cristã. No Brasil cerca de 150 dos 200 milhões de seus habitantes se declaram cristãos segundo o último censo do IBGE.
Por isso, é natural que, quando os irmãos Lumière projetaram pela primeira vez imagens em movimento num café de Paris, no ano de 1895, muitos pensaram: "Por que não filmar essa história?". E não é que dois anos depois da invenção do cinema, já era lançado o primeiro filme sobre Jesus, "The Horitz Passion Play" (EUA, 1927) de Walter Freeman? Daí em diante foram vários outros que, como toda obra de arte, expressam a forma como cada época pensa.


Por isso mesmo esses filmes são uma boa forma de entender como imaginamos Jesus. É essa análise que faz o historiador do Instituto de História da UFRJ André Leonardo Chevitarese, que acaba de lançar o livro: "Jesus no Cinema: Um Balanço Histórico e Cinematográfico entre 1905 e 1927". O livro voltado para estudantes, pesquisadores e interessados em História, analisa os filmes e os compara ao que temos de pesquisa histórica e arqueológica sobre essa personagem tão importante. Para o autor, apesar do enorme sucesso de público, estas narrativas fílmicas não são exatamente históricas. Elas são mais voltadas para a religiosidade em que foram produzidas e algumas carregam até elementos preconceituosos, como por exemplo, o anti-judaísmo.


Independente da religião é inegável que todos temos uma imagem dele: "De onde vem essa ideia de um Jesus branco, loiro e de olhos azuis? O cinema é um dos principais divulgadores desse estereótipo" disse Chevitarese em entrevista ao Diário do Pará. Ele acrescenta ainda que os diretores não tiraram essa imagem do nada... Se basearam nas pinturas renascentistas, de Da Vinci e Michelangelo, principalmente. Os primeiros anos do Cinema foram uns dos principais responsáveis por estruturar essa imagem em nossas cabeças, diz o historiador.



Esse primeiro livro da trilogia que André pretende lançar, se resume aos filmes antes dos anos 30. A partir daí temos os grandes estúdios de Hollywood e aí a coisa muda um pouco de figura. A Ideia é no terceiro livro, chegar até o filme "A Paixão de Cristo" (2004), de Mel Gibson. Uma das conclusões de Chevitarese é que cada época retrata Jesus à sua maneira: Nuns Jesus combate os judeus, noutros senta de perna aberta, conversa com mulheres e bebe vinho. Nuns é mais humano, noutros é mais Deus. Tudo vai depender de qual são os objetivos dos produtores e diretores dos filmes e, naturalmente, do pensamento de cada época.



*Raphael Botelho é historiador e aluno do curso de jornalismo digital do Extra da Nave do Conhecimento da Penha
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/educacao/nas-pracas-conhecimento/as-varias-faces-de-jesus-no-cinema-9146684.html#ixzz2ZvgvL1YI

sábado, 20 de julho de 2013

Em Busca do Jesus Histórico entrevista: André Leonardo Chevitarese

JH - Como surgiu a ideia de escrever uma trilogia sobre como o cinema retratou Jesus?
AC - Ela tem haver com meu atual projeto de pesquisa no Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Vale lembrar, ao mesmo tempo, que há um campo específico de estudo que analisa de forma intensa a relação cinema e Jesus desde os anos setenta do século XX. Uma pessoa interessada poderá conhecer parte dessa extensa produção historiográfica consultando a bibliografia do livro “Jesus no Cinema. Um Balanço Histórico e Cinematográfico entre 1905-1927”.
 
JH - Você aborda o período entre 1905 e 1927. Qual filme você poderia destacar e por quê?
AC - Para esse período, há bons filmes, mas, se for para destacar um deles, eu citaria “Intolerância” de Griffith.
Esse diretor foi o responsável por instaurar uma linguagem específica para o cinema, que a distinguia, por exemplo, do teatro. Ele também foi o responsável por inserir os cortes nos filmes, bem como estabelecer um diálogo entre o Jesus do século I, com aquele de sua própria época.
 
JH - Na sua concepção como Jesus deveria ser, de fato, abordado no cinema?
AC - Não acho que exista uma abordagem e/ou um tratamento específico para Jesus no cinema. Ao contrário, acho que a polifonia e a polissemia, acompanhadas de retratos multifacetados, dizem muito sobre a nossa recepção acerca do Nazareno do século I.
 
JH - Algum dos filmes analisados chegou mais perto dessa sua análise (referente à terceira pergunta)?
AC - Em se tratando dos filmes mudos, é flagrante a forma como as recepções acerca de Jesus variam de maneira significativa, especialmente quando comparamos as leituras de Alice Guy, Robert Weine e Griffith. Por se tratar de uma mulher, a francesa Guy trouxe um olhar muito original, ao fazer das mulheres discípulas de Jesus. Já alemão Weine enfatizou dramaticamente um Jesus racializado, sisudo, avesso às questões terrenas. O norte-americano apresenta um Jesus bastante humano, próximo das pessoas, com um comportamento abertamente liberal.




terça-feira, 2 de julho de 2013

Eu quero ir na noite de autógrafo do livro "Jesus no Cinema"


Gostaria de participar da noite de autógrafo com o prof. André Chevitarese, então escreva para o blog Em Busca do Jesus Histórico e diga porque você quer estar na noite de lançamento do livro "Jesus no Cinema". Escreva e concorra ao sorteio de 1 livro inédito e autografado. Mande já a sua mensagem! Boa sorte!

terça-feira, 30 de abril de 2013