domingo, 12 de julho de 2009

Os dias atuais e os dias nos tempos de Jesus


“vigiai e orai, para que não entreis em tentação”

s dias atuais e os dias nos tempos de Jesus
Muitas vezes fico indagando e imaginando, comigo mesmo e, com meus pacientes amigos: Como seriam as ações e reações de Jesus, diante de um mundo tão tenebroso como os nossos dias atuais?

Muitas vezes tento justificar minhas inclinações para o pecado com argumentos de que nos tempos de Jesus as coisas eram mais moderadas, havia mais compostura nas ações ruins dos homens e, que as tentações eram menores e com isso a capacidade de vencer o pecado era maior.
A verdade é que existem duas classes de pessoas que já ouviram falar de Jesus:

A primeira classe é a dos simpatizantes pela pessoa de Jesus, pois o consideram: bondoso, milagreiro, paciente (ou conivente) com a hipocrisia religiosa e com o pecado, recompensador (empresto um e me devolve cem). E embora, não pactue com todos estes agravos à pessoa de Jesus, me enquadro no rol dos simpatizantes.

A segunda classe é a dos discípulos, dos verdadeiros cristãos, dos homens e mulheres que negam a si mesmo, que fazem da sua luta diária da carne contra o espírito o seu estandarte de fé.

Obter desculpas, essa é a ferramenta forjada dos hipócritas (os fariseus atuais). De forma alguma as tentações e dificuldades nos tempos de Jesus eram mais brandas, bastam algumas circunstâncias para comprovar as dificuldades:

Os judeus estavam sendo espoliados pelos romanos; tinham que pagar tributo estando em sua própria terra; tinham uma liberdade de culto vigiada; qualquer levante ou tentativa de motim era prontamente rechaçada com pena capital; o Templo uma instituição com dupla função: política e religiosa havia se transformado num covil de ladrões; Sumo sacerdote, sacerdotes, membros do Sinédrio, escribas, fariseus, saduceus, guardas do Templo, vendilhões, em sua maioria eram ladrões e corruptos; a miséria era grande; as mulheres eram consideras sem alma o que significa dizer sem raciocínio; viúvas e órfãos eram rejeitados e seus pleitos não comoviam os magistrados corrompidos; o rei Herodes era um factóide, um rei empossado por Roma, desprovido de autoridade; doenças proliferavam por toda a terra de Israel; os religiosos exploravam os que clamavam por orações; assaltos as caravanas de peregrinos e visitantes eram constantes; muitos falsos Messias apareciam simultaneamente com promessas de libertação que quase sempre acabavam em mortes; a prostituição era a moeda de troca para sobrevivência; havia trabalho escravo; adultério; sodomia; homossexualismo; bestialidade.

Diante de todo este quadro, em que aspecto os dias de Jesus eram mais brandos que os nossos?
Qual a vantagem que se levava na tentativa de santificação?
Que recursos tecnológicos, didáticos, estruturais, haviam de modo a facilitar a vida naqueles tempos?

A resposta é Nenhuma!

Não havia nada que facilitasse viver uma vida santa. O único recurso disponível é o mesmo desde os dias de Jesus até os dias atuais: a Oração. “vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Na verdade o espírito está pronto, mas a carne é fraca”.

Jesus era um homem de oração constante, seu espírito sempre se quebrantava diante de seu Pai. Jesus não encontrava nas bebedeiras, festas, ou coisas vãs, uma renovação espiritual, seu enchimento do Espírito de Deus vinha com ações de graças, súplicas, e agradecimentos ao seu Deus e Pai.

É muito triste ouvir blasfêmias dentro das igrejas, sobre um altar, diante de um púlpito, sobre as ações de Jesus. Tenho ouvido, infelizmente, homens que se dizem de Deus pregarem heresias, mentiras, blasfêmias, coisas que ferem a santidade de Jesus: “... o medo é um sentimento do Diabo; a tristeza é um sentimento do Diabo”.

Ah! Meus amigos, como se blasfema sem levar em consideração a humanidade de Jesus. Pois, Jesus sentiu medo, sentiu medo de morrer fora da Cruz, sentiu medo da emboscada que Satanás armou para que sua vida fosse tragada no Jardim do Getsêmani, por isso ele orou ao Pai para que aquele cálice fosse passado: “Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem que eu o beba, faça-se a sua vontade”. A maior prova que Jesus teve medo de morrer fora da Cruz está relatada em Hebreus: “O qual, nos dias de sua carne, tendo oferecido, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”.

Todos que tem um mínimo de conhecimento bíblico sabem que Jesus morreu na Cruz, e que o texto de Hebreus afirma que Jesus foi ouvido por causa da sua piedade. Jesus recebeu um livramento do Pai para que seu propósito de Redenção não fosse frustrado, uma vez que sua morte deveria ser na Cruz.

Jesus se entristeceu, muitas vezes chorou. Chorou pela destruição que haveria de vir sobre Jerusalém, se entristeceu com a situação de miséria e abandono do seu povo, chorou por ver seu amigo Lázaro morto. E uma prova que Jesus chorou como qualquer homem aparece no fato de que tendo Ele todo o poder, porque então se juntou ao pranto dos enlutados, Maria, Marta, dos amigos de Lázaro, e dos curiosos? Porque ao invés de chorar e se entristecer, Jesus não repreendeu aquela voz de choro e sentenciou imediatamente: Lázaro vive!

A resposta está na humanidade de Jesus, pois Ele conhecia e vivenciava a aflição do homem, tinha Onisciência de que dias maus viriam sobre o mundo e sobre o seu povo e a única solução era a oração. A oração é a fortaleza da alma para as tragédias da vida cotidiana.

“vigiai e orai, para que não entreis em tentação”

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